E eu tento, tento, tento.
Não satisfeita, tento de novo.
Tenho mais “vidas” que o Mario Bros.
Vou gastando as tentativas,
Traçando estratégias,
E tentando de novo.
Tento da direita para a esquerda.
Da esquerda para a direita.
De cima para baixo.
De baixo para cima.
Nas diagonais, perpendiculares, tangentes.
E gasto sem dó minhas “vidas”.
Coloco a cápsula B do Alex Kid
E tento.
Ao menos estou imune aos seus raios e trovões.
Já desgastei os botões do controle remoto,
De tanto tentar.
Mas insisto incansável,
Como o PackMan.
Mas não quero salvar princesas de monstros terríveis
Em castelos inatingíveis.
Nem salvar nenhuma cidade ou planeta.
Quero somente terminar esse jogo, e vencê-lo.
Não tenho nenhum Luigi para me ajudar,
Nem os Power Rangers Azul, Preto e Amarelo. Nem o Vermelho.
Não uso carros que voam, não ando sobre a água,
Não entro em tubos subterrâneos,
Não vejo flores que cospem fogo,
Não pego moedas voadoras,
Não chuto tartarugas, nem arremesso seus cascos.
Apenas tento sair desse jogo. E queimo cartucho para isso.
De vez em quando dá tilt.
Aí eu tiro a fita, dou uma assoprada no vão
E recoloco para mais uma tentiva.
Isso está mais para Palavra-Cruzada, Batalha Naval
Ou até mesmo Campo Minado.
E haja Paciência.
E eu tento, tento, tento, tento.
Queria mesmo que você fosse meu controle do Wii.
Me avisa quando der Game Over.
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