terça-feira, 22 de junho de 2010

Pantera - 14/04/2009

Tudo azul, tudo lindo.

Frase típica de quem quer dizer que está tudo bem.

Mas eu sou uma das poucas pessoas,

Muito privilegiadas, diga-se de passagem,

Que pode dizer que está “tudo rosa, tudo lindo”.

Por poucos minutos pude ver o mundo cor-de-rosa,

Literalmente.

Era tudo rosa.

Não usei drogas, não alucinei,

Mas o mundo era rosa, ao menos o pequeno mundo

Em que me encontrava.

Havia um homem negro vestido todo de branco.

A cor de sua pele não se alterou -

A lei do dominante e recessivo -,

Mas sua roupa era cor-de-rosa,

Sua unha era cor-de-rosa,

A parede atrás dele, o armário,

A tela do computador, a janela.

Tudo cor-de-rosa.

E eu que relutei tanto para entrar naquela sala.

O que é incurável me permitiu ver o mundo

De forma tão peculiar.

O preto-cor-de-rosa me olhava e questionava se eu estava bem,

Porque eu virava o pescoço para todos os cantos

Tentando ver o maior número de coisas cor-de-rosa.

Estava tudo bem, Sr Preto-Cor-de-Rosa,

Está tudo rosa!

Pena que durou pouco.

Ele já havia me avisado que seriam no máximo dez minutos.

Poucos podem contar como é isso.

Incrivelmente o mundo da Penélope.

Saindo de lá, sem alucinações,

Sem drogas e sem qualquer efeito,

O mundo cinza me esperava.

Como é ruim voltar assim à realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário