Pediram que eu olhasse o céu. Olhei. Busquei estrelas.
Enrolada no cobertor,
Com as pernas trêmulas e geladas.
Descobertas.
O vento frio batendo no meu queixo,
E a cabeça acomodada nas voltas do cobertor.
Busquei todas as estrelas que eu conheço.
E “os” estrelas também.
De um lado, elas.
Do outro, uma cidade do alto.
Nunca havia reaparado.
O cheiro da noite estava bom,
E as nuvens passeavam por ele.
Aquilo me fez lembrar quando eu fazia isso sozinha,
E tinha medo.
Sonhava com hoje.
Tinha medo da escuridão. Da solidão da noite.
Do silêncio que poderia me assutar a qualquer momento.
E eu corria pra dentro de casa,
Com o coração disparado.
Corria pra casa, com pressa, com medo.
Das incertezas do céu.
Simplesmente me fez feliz,
Me fez bem.
Aquele frio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário