terça-feira, 22 de junho de 2010

Nem sei mais o quê - 02/01/2008

Daquele que nos embaralha a cabeça,

Que nos confunde as palavras,

Que enrola nossos pensamentos.



Um daquele tipo que nos faz sentir a mais linda quando acordamos,

A mais preciosa durante o dia,

E a essencial durante a noite.



Quero um daquele tipo que me arranque do meu cotidiano,

Que encerre meu expediente,

E que me faça sentir como se o mundo nunca mais fosse igual.



O que eu quero é um que me faça perder o sono madrugada adentro ao telefone,

Que me ponha a esperar horas a fio por um sinal de vida,

Aquele que me faça tremer ao toque do interfone.



O que eu espero é aquele que abraça na cama e segura a sua mão forte e trás para perto,

Um que me convença mais que um dia lindo de sol na praia,

O que mostre qual o caminho certo da minha casa.



Um que me enlouqueça, que me enfureça, que me atordoe o dia quando longe.

Um aperto no peito forte como um porre,

Como um grito estridente de metal.



Como se eu nunca mais fosse voltar à realidade,

Que me dê fome, que me tire a sede, que me alimente.

Que me tire as palavras, que me tire do mundo, que me dê a vida.



Um que deixe eu voltar a sentir aquele frio no estômago,

Aquela ânsia por amanhã,

Aquela vontade louca de viver todos os dias num só.



Que me deixe sem fôlego,

Que me leve para ver o mar, o lago, o campo, a floresta.

Tudo junto para somente poder voltar a sentir a vida por entre a minha vida.

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