terça-feira, 22 de junho de 2010

Coração de Botequim - 10/01/2008

E eu parei embaixo da sua janela.

Os segundo intermináveis

E eu lá, olhando.

Me senti no corredor da morte,

Mas estava apenas parada no semáforo que estava vermelho.

Vermelho-sangue.

Vermelho-coração.

Esse que já não faz mais o sangue pulsar vivo e feliz

Dentro dos metros de veias e artérias do meu corpo.

Esse que não é mais vermelho.

É meio assim, opaco.

Sem vida. Sem cor. Sem sal. Sem sabor.

Esse que hoje me permite apenas existir.

Pelo menos até o dia em que eu possa olhar de novo a sua janela,

Mas não para ela da calçada imunda,

E sim através dela do alto do seu andar.

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