sábado, 19 de fevereiro de 2011

Meia noite

Hoje acaba o horário de verão aqui.
Acabaram os dias de acordar antes do sol,
De vê-lo nascer e ter o prazer de dar-lhe bom dia.
Acabaram os dias de ver a noite chegar bem tarde,
De chegar em casa com o céu aceso,
Acabaram os dias de ter a esperança
De que ainda dava tempo de fazer algo,
De mudar, de recomeçar o dia.
Acabaram os dias de horas a frente daí.
Acabaram os "dias de verão",
Mesmo que o inverno esteja longe.
Estão todos tristes pelas ruas,
Reclamando o fim desse tempo de nossas vidas.
Mas eu tenho a chance de voltar uma hora do meu dia,
De fazer novo de novo,
E por mais que nada mude nessa hora a mais,
Eu comemoro.
Estou uma hora mais próxima de você.
Estamos uma hora menos longe.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Futuro

Tempo passa, tempo passa
Tempo passa, tempo passa,
Nada muda.

Não passa, tempo.
Não passa, tempo.
Não passa, tempo.
Não passa, tempo.
Quero ficar perto da lembrança.

Passatempo, passatempo,
Passatempo, passatempo,
Paciência.

Passa tempo, passa.
Passa tempo, passa.
Passa tempo, passa.
Passa tempo, passa.
Quero viver só daqui cinco anos.

É visível que o único tic-tac amigo
É o de sabor laranja.

Only Time

Who can say where the road goes,
Where the day flows?
Only time...

And who can say if your love grows,
As your heart chose?
Only time...

Who can say why your heart sighs,
As your love flies?
Only time...

And who can say why your heart cries,
When your love dies?
Only time...
Who can say when the roads meet,
That love might be,
In your heart.

And who can say when the day sleeps,
If the night keeps all your heart?
Night keeps all your heart...

Who can say if your love grows,
As your heart chose?
Only time...

And who can say where the road goes,
Where the day flows?
Only time...

Who knows?
Only time...

Who knows?
Only time...

(Enya)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

As sem-razões do amor

"... Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor"

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sumiço

Eu não quero ler.
Eu não quero lembrar.

Eu não quero comer.
Eu não quero viver.

Eu não quero pensar.
Eu não quero morrer.

Eu não quero escrever
Eu não quero sofrer.