E o que era realidade não sabia-se mais de sua veracidade.
Se era verdade, realidade, sonho ou ilusão. Simplesmente foi algo,
Aconteceu.
E se era uma visita de verdade ou a esperança de que ela acontecesse.
E sabe-se lá se era algo espontâneo ou forçado pela realidade
De outra situação.
As palavras, os sorrisos, os beijos, as atenções.
O vestido, a diversão, as surpresas, as felicidades.
Sabia-se o limiar entre o que queria que fosse realidade e o que era para ser.
As pernas emaranhadas e as mãos unidas não eram as mesmas que eram vistas.
Mas toda aquela realista ficção interrompeu toda uma noite que era de verdade.
E o que era para ser um simples conto, virou uma lenda.
Mas lendas desmistificam-se e tornam-se ao início de sua natureza,
Voltam a ser fatos, contos, sonhos, palavras,
Que somente juntos e emanados pela nuvem de imaginação,
Viram lenda.
Não se acha qual ponto é verdade,
Qual ponto é ficção,
Mas sempre sae-se a lição.
E sem saber o que é sonho, realidade ou imaginação,
Foi assim.
Os detalhes, simples. Incontáveis.
Não por serem inúmeros,
Mas sem motivos para descrição
Afinal, sabemos de todos.
No susto, mais uma passagem na noite seguinte.
Algo mais turvo, com menor possibilidade de se lembrar.
Mas não menos memorável.
Mas para quê contar sonhos, pensamentos, devaneios?
Já disse algum compositor:
“Foi um devaneio meu, um veraneio seu, e um outono inteiro em minhas mãos”.
Basta limpar todas as folhas derramadas das árvores no jardim,
Apagar as lembranças desse outono,
E alimentar esse jardim imenso que surge nas noites bem e mal dormidas,
Com ou sem companhia,
E que se limitam a serem apenas flores de um jardim inconsciente.
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