terça-feira, 24 de novembro de 2009

Você tem 10 segundos... (07/08/06)

Nem sempre nos damos conta da importância das pessoas em nossas vidas. Sabe quando temos alguém lado-a-lado todos os dias e de repente ela sai de mansinho e só ai percebemos que por muito tempo ela esteve ali? É isso.

Esquecemos de ver o tempo passar e de reconhecer quem é muito importante para nós. Esquecemos também de falar para essas pessoas como são amadas e essenciais para nós. Família, amigos, amores, professores, porteiros, faxineiras. Cada um do seu tamanho. Fechamos os olhos e quando abrimos segundos depois, passou. Foram. Isso dói. E também se lembre de uma coisa importante: não morremos apenas quando estamos velhos ou doentes. Fatalidades existem. E aos montes.

Em algumas linhas lidas você já deve ter parado para pensar quem são essas pessoas na sua vida, correto? E seu inconsciente já deve ter planejado como e quando dizer para essas tais pessoas o que você nunca disse e sentiu vontade de dizer, estou certa?

Então me responda, por que ficar parados vendo a vida passar? Você pode ser o próximo. Espero que não!

Cada dia nasce para uma nova tentativa. De que eu não sei, depende de você. O sol nasce em sinal de mais uma chance. E a noite vem na esperança de que amanhã você terá uma nova chance. Assim mesmo, com essa sincronia. Sol. Lua. Sol. Lua. Sol. Lua...

“Não existe hora certa para dizer o que sentimos se quem sente estiver te ouvindo e não te compreender, não te merecer. O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras. Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação”.

Mário Quintana disse tudo, não é mesmo?

Sim, disse.

Então eu ainda não entendi o que você ainda faz ai parado. Sem se mover.

Nós mudamos demais. Metamorfoses diárias. E isso nos faz querer mudar as pedras dos nossos caminhos e lutar pelas nossas loucuras.

Falo isso com muito pesar, depois de saber que os 19 anos da vida de uma pessoa foram interrompidos por uma fatalidade. Aqueles sonhos, devaneios, chances a vista, amores para serem vividos naquelas frases “você tem muito tempo pela frente, meu filho. Quando chegar na minha idade...”. Não. Ele não vai chegar na sua idade. Nem na minha. Naquela tarde ensolarada de sábado tudo foi interrompido. Por uma fatalidade.

Quero ter em mente que a cada noite quando me deito eu fiz mais do que o possível por mim e por todos vocês, porque não sei como será a linda manhã seguinte.

Por favor, mexa-se.

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