São efemérides. Passageiras. Vão e vem. Todos os dias. Todas as noites.
O mundo não acaba aqui. Com certeza, não!
Mas parece que o mundo gira de cabeça para baixo, algumas vezes, para algumas pessoas. O importante passa a ser “desimportante”. Assim como o lixo passa a ser jóia.
Jóia ostentada com orgulho no peito.
Ao invés de propagarmos palavras que devem ser ditas, nos esquecemos dos diamantes da vida. Ficamos apenas com o lixo orgânico. Aquele que cheira mal.
Os verdadeiros valores foram esquecidos, porque algum dia, há séculos atrás, alguém disse que aqueles pedaços de papel valiam sacos de farinha. E da farinha passaram a valer objetos. E dos objetos passaram a valer roupas. E das roupas, hoje, valem a vida.
Valem o valor das pessoas. Valem o caráter de alguns. Valem o que somos. Valem quem nós somos. Mas infelizmente, valem para muitos.
A direção é a contramão. A contravenção. As vias ou vão, ou voltam. Nunca os dois ao mesmo tempo.
É ruim sentir esse frio. Mesmo na calefação da alma. É ruim.
E é triste, muito triste, saber que os grandes momentos, os melhores trabalhos, os maiores dons, as grandes alegrias, os grandes relacionamento, as maiores amizades, os amores gigantescos possam caber em uma pequena e empoeirada caixa de sapatos embaixo da cama, quando acabam.
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