Eu sei.
Sou tudo o que você queria. Naquela noite em que nenhuma pizza estava do seu gosto.
Sou tudo o que você queria no dia chuvoso, em que as ruas alagavam e ninguém mais andava na cidade.
Eu sei. Eu sei.
Tudo o que você precisava na semana que em esteve de cama, doente. Quando ninguém se importava com seu mal estar.
Tudo o que seu coração chamava quando o carro bateu. Tudo o que sentiu falta nas noites geladas de Nova York.
Me contaram. Eu sei.
Sou tudo o que um dia pudesse desejar. Tudo o que você poderia ter de um mundo inteiro. De dias. De noites. De espetáculo.
É. Eu sei.
Sou tudo o que você pode alcançar em todos os seus melhores momentos.
Tudo o que você encontrou depois da longa escalada no Everest.
Sou tudo o que pode te esquentar no inverno quente que vivemos.
Eu sei. Eu sei.
Mas ser, simplesmente não é ser tudo.
Porque não estive ao seu lado, testando os sabores de pizza. Não consegui chegar até você com as ruas alagadas.
Você saberá.
Não soube que você estava doente e nem me contaram de seu acidente. Não pude te acompanhar em Nova York.
Você vai saber...
Sou, mas não fui um presente do destino. Dos dias. Das noites. Do fim do espetáculo e nem te esperei no pico do Everest. E neste inverno, estou em vivendo no verão.
Sou, mas fui tarde.
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