terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Me beija?

Eu moro, tipo assim, na esquina do seu coração.
Assim, meio de lado, no canto, esquecida na esquina
Ouvindo as buzinas, cheirando a fumaça dos caminhões,
Embaixo de um toldo que me protege das chuvas.
Eu morro assim, na esquina mais barulhenta
E “borbulhenta” de todo o planeta.
Moro na esquina mais importante do que
A esquina das avenidas Ipiranga e São João.
E é assim que eu levo a vida na esquina do seu coração,
No cantinho, meio sem ser vista, meio sem ser notada,
Meio sem ser chamada.
Moro aqui, na esquina do seu coração, com o
Pipoqueiro da esquina, que aquece o milho e me alimenta
Sempre quando seu coração esquenta.
Eu vivo na esquina do seu coração
Com o sorveteiro da esquina,
Que me refresca com vários sabores
Sempre que seu coração gela.
E assim, se de repente você lembrar de mim,
Quiser me ver, sentir saudades, quiser me beijar
Você pode ir ver se eu estou na esquina?

Um comentário:

  1. Muito original, parabéns Lilian por mais um texto surpreendente e com um final maravilhoso.
    Seu Fã!

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