Janeiro nunca foi tão frio,
Tão gelado.
Essa paisagem de neve combina bem, sabe?
É a tempestade de inverno que chegou,
Ninguém acreditou que ela viria,
E destruiria.
Azar de quem ficou na nevasca, como eu,
Presa dentre os enormes centímetros de neve.
Os ventos anunciaram o terror, o temor.
A neve fina que começou a cair do céu denso
Era a previsão de tudo,
Do silêncio que ficaria na cidade vazia,
Dos impedimentos para seguir adiante,
Do frio.
Mas era janeiro, e como isso iria acontecer?
Aconteceu.
E nada sobreviveu ao cenário branco puro,
Ao nada que tudo se transformou,
À falta de sentimentos.
A tempestade de neve impediu que eu alcançasse você,
Que eu tocasse em seu coração,
Mas janeiro faz muito sol, é verão, e o sol aquece tudo,
Até mesmo um pulmão congelado, um coração empedrado,
Um fígado gelado.
As estações mudam, o gelo vira água,
E a água volta a correr no rio.
Tudo muda o tempo todo.
Se hoje é inverno em janeiro,
Amanhã será verão em julho,
E eu tenho certeza que na próxima estação
Você vai sair dessa nevasca
E vai aproveitar todo o calor que eu guardei para você.
Acho que a palavra mais próxima de seu texto é magnífico!
ResponderExcluirEntre o frio e o calor, entre a neve e o sol, seu texto nos leva a sonhar, viajar em pensamentos...
Adorei, mais uma vez Lilian!
Seu Fã