quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Coração de Cera

Eu prefiro mil vezes que me dê um tapa na cara
E diga que me odeia
Do que me cozinhar em banho-maria
Sem eu nunca saber seu real sentimento.
Sua letargia lúcida é irritante
Ao ponto de eu apenas me imaginar
 Passando o braço em volta do seu pescoço
E torcendo-o até sua 'letargia mórbida completa'.
De que vale a vida sem as emoções?
De que vale a vida sem o choro de tristeza
Ou a angustia da saudade?
Vale o mesmo que a vida sem os sorrisos dos reencontros
E a taquicardia da emoção.
Nada.
Até mesmo a pele queimando com o fogo é válido,
Desde que não seja suicídio.
Se eu quisesse a inércia
Viveria em um museu de cera.
Mas eu quero o seu arrepio,
Mesmo que seja de frio.
Apenas para saber que você sente.
Sente qualquer coisa.
Sente raiva,
Sente saudades,
Sente medo.
E se a vida é uma só e a chance é essa
Por que passar o resto dos anos como Michael Jackson
No Madame Tussauds?
Nietzsche disse: 
“Aquele que tem um porquê para viver pode enfrentar quase todos os cosmos”.
Bem-vindo, meu maior Big Bang.
E o ponto de tudo isso é que se eu fosse embora hoje, para sempre
Seu nome seria a última coisa que eu diria.
Por que o que é o amor,
Senão uma piada mal contada,
Uma história mal interpretada
E ainda assim,
O que mais nos faz sorrir?

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