Comprei um apartamento novo.
É lindo, novinho.
Na verdade, o antigo dono comprou o apartamento do lado,
Quebrou as paredes e fez de dois, um.
Assim, aqui moro eu.
A pintura das paredes e teto é verdinha,
Calma, límpida.
Meio verde mar, meio verde esmeralda.
Tenho um vitral Tiffany na minha janela.
Vejo o mundo todo por esse prisma.
Ainda não comprei a mobília,
Mas o apartamento não dá eco.
É preenchido de memórias
E saudades que trago comigo.
O único problema é o vizinho de cima,
Barulhento que só!
Tenho a impressão que ele não para nunca!
Anda para lá, anda para cá.
Fala, fala alto, grita.
Durante as noites, não dorme.
Deve ficar amargurando o passado,
Tecendo pesadelos.
Não aquieta, não acalma.
Agora, moro aqui.
Dentro dos seus olhos.
Só peço mais silêncio do seu cérebro, por favor.
Pare de pensar, ouça seu coração.
Silencie suas razões.
Quero viver a paz do seu olhar.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Todo Meu
Você é todo meu excesso e toda minha necessidade.
Todo meu por que e todos meus porquês.
Você é aquela renda chantilly caída aos ombros da noiva.
É aquela manchinha na borra do café
Que a velha tia árabe aponta enquanto lê a xícara:
“Aqui, olhe... Está vendo esse pequeno círculo com pontinho?
É ele! Seu amor!”.
Você é aquela bala de hortelã achada no fundo da bolsa,
No fim da noite.
Redenção.
Você é aquela rede posta entre duas árvores, à sombra,
Ao sol poente, depois de um longo dia.
Capricho.
É aquele toque no rosto do algodão egípcio da fronha
Ao deitar na cama.
E você é o aroma do café que arrebata a casa inteira
Ao amanhecer.
Paixão.
Todo meu sangue, todos meus band-aids.
Você é.
Cura.
Você é aquele paracetamol que ficou na gaveta
Na hora da enxaqueca.
É o botão de “sem volume” do celular
Quando não quero mais ouvir ninguém.
Salvação.
É meu espaçamento duplo
Quando não tenho mais o que colocar no papel.
Você é meu.
Todo meu por que e todos meus porquês.
Você é aquela renda chantilly caída aos ombros da noiva.
É aquela manchinha na borra do café
Que a velha tia árabe aponta enquanto lê a xícara:
“Aqui, olhe... Está vendo esse pequeno círculo com pontinho?
É ele! Seu amor!”.
Você é aquela bala de hortelã achada no fundo da bolsa,
No fim da noite.
Redenção.
Você é aquela rede posta entre duas árvores, à sombra,
Ao sol poente, depois de um longo dia.
Capricho.
É aquele toque no rosto do algodão egípcio da fronha
Ao deitar na cama.
E você é o aroma do café que arrebata a casa inteira
Ao amanhecer.
Paixão.
Todo meu sangue, todos meus band-aids.
Você é.
Cura.
Você é aquele paracetamol que ficou na gaveta
Na hora da enxaqueca.
É o botão de “sem volume” do celular
Quando não quero mais ouvir ninguém.
Salvação.
É meu espaçamento duplo
Quando não tenho mais o que colocar no papel.
Você é meu.
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